Sinto-me um lixo, sim.
Sinto-me um nojo, sim.
A vida faz-nos destas, daquelas e de tantas outras que parece que nunca nos vamos conseguir livrar da merda que nos rodeia. Sinto-me incapaz de inverter papéis e agora ser eu quem te dá conforto, de ser quem diz que vai ficar tudo bem. Não estou nas minhas perfeitas faculdades, tenho um derrame qualquer, algures, que me provoca este perfeito estado de ataraxia e não me deixa viver no verdadeiro sentido. Para mim é tudo indiferente. Excepto quando falas dessa sombra que me acorrenta, que me faz sentir menos eu e menos tua. Essa sombra que me prende porque foi a tua tela, a tua primeira ideia de perfeição e eu não sei se tens uma segunda, ou se tiveste. Esse fantasma que me aterroriza, que me leva a minha essência feminina e que me deixa a vaguear nas ruas, à espera de alguém vulgar que me possua, porque eu não sou digna de ter alguém como tu como ela teve. Eu não sou eu quando ela vem, eu sou menos que tudo. E tu lutas para que ela vá, tu lutas, oh lutas tanto meu amor. E eu, eu apenas faço esforços para que ela volte sempre, não me perguntes porquê, também procuro resposta.
Hoje falo daquela gentinha que vejo todos os dias (porque sou obrigada, não porque goste obviamente!), que acha que tem o rei na barriga.
Enfim nasceram com o cu virado para a lua e acham-se no direito de fazer merda a toda a hora. Sinceramente, i don't get it! Hoje apetece-me ser uma cabra e vir aqui falar mal, ser como elas, estão a ver? Não é que eu tenha alguma coisa contra o facto de elas viverem na superficialidade, não terem um polegar de testa (isso mesmo um polegar!), de não saberem dizer uma frase sem ser uma crítica, um palavrão, ou um elogio daqueles que ninguém quer ouvir. Ok, se calhar até tenho. E? Cada um tem direito a expresssar a sua opinião, e já que eu não gosto de fazer fofoquices por aqui e por ali despejo para aqui as minhas toxinas. Uma gaja não pode fazer retenção destas coisas senão acaba frustrada com a vida, ou acaba por se deixar influenciar por quela mediocridade de gente. Estou preocupada com o mundo. Estou preocupada com o que vai ser dos amigos dos meus filhos, sinceramente estou. Não o posso deixar ser contaminado por aquelas bactérias, mortais, podres de tudo e mais alguma coisa. Eu sei que ainda faltam uns bons aninhos mas porra, eu penso no futuro. A mim não me preocupa se me vão atirar mais uma vez para o caixote do lixo, preocupa-me se o mundo for o caixote do lixo e nós andamos todos lá metidos e não há ninguém que comece a reciclar os valores que regem esta sociedade em que vivemos!