Depois de andar seca durante uma semana, arranjei tomates (não me perguntem onde) e lancei os dados.
"Acho que temos de falar."
"Acho isso desde que a semana começou"
(Merda porque é que eu tenho de ser sempre tão previsível?)
"Estou com algum medo que agora com esta nova vidinha as coisas entre nós se compliquem..."
"Também já pensei nisso, mas somos os dois fortes..."
"Sim mas não sabemos o que vai acontecer, se conseguimos..."
"Eu estou disposto a lutar, tu não?"
"Claro que sim..."
"Então de que tens medo? Só me interessas tu, mais ninguém. Não vou querer mais ninguém!"
"Oh não sabes isso..."
"Sei que és a única que me interessa."
(...momento lamechas que não me apetece descrever...)
"Agora estás assim com essas dúvidas porque eu estive esta semana ocupado com a praxe, mas vais ver que talvez para a semana vais estar tu ocupada e eu com macaquinhos na cabeça. Não podemos por tudo em causa agora senão assim é que não conseguimos mesmo. "
(Porque é que ele tem que ter sempre razão? Ou serei eu que faço demasiados filmes?)
"(...) Amo-te princesa"
Não sei mesmo.
Não sei nada.
Não sei como vai ser.
Não sei se será.
Não sei se conseguimos.
Não sei se vamos conseguindo.
Não sei ir devagar.
Não sei experimentar.
Não sei ficar sem ter certezas.
Não sei ter certezas de como vamos ficar.
Gostava que as respostas caíssem do céu e já para não ter que esperar mais e ver se somos fortes, se aguentamos. Porque é que é preciso passar por isto?
Não sofremos já o suficiente?
Sabemos que a faculdade é aquela coisa. Somos caloiros, pessoas novas, vida de boémia, pouco tempo para namoros sérios, muito tempo para pequenas curtes. Queres é gozar a vida ao máximo, ir para as festas, beber e fumar o teu cigarro enquanto não pensas sequer como será o dia de amanhã, provavelmente igual. Haverá tempo para preocupações? Haverá tempo para estares preso a alguém que está longe de ti, que não sabes quando a vais voltar a ver? Haverá tempo para soltares um "Amo-te" sequer?