Cá em casa, à excepção do meu pai, todas nós adoramos gatos. Gatos + gatas = gatinhos. Gatinhos mais gatinhas = muitos gatinhos. Tem sido assim nos últimos tempos. Aparecem uns, desaparecem outros, poucos são os sortudos a quem arranjamos uma casa. Aos que não conseguimos arranjar (porque há pessoas que não gostam, há pessoas que gostam mas são alérgicas e há pessoas que gostam mas na casa dos outros), esses andam por aí à sua sorte, na luta pela sobrevivência nas ruas onde passam carros e onde os cães vadios (e não só) estão sempre prontos para atacar os bichanos.
Há uns tempos encontrámos a Cinderela (uma gata abandonada à porta de nossa casa) com uma pata pendurada depois de um ataque de um cão. Por sorte, a Cinderela conseguiu encontrar uma casa (a dos meus avós) e vive feliz com as suas três patinhas.
Hoje, depois de ter chegado da faculdade, encontrei a "Preta" escondida no quintal a espumar da boca e com uma fractura exposta na pata da frente. A "Preta", segundo a veterinária, foi apanhada numa armadilha para coelhos há já alguns dias pelo que a patinha dela já estava podre e sem salvação. A "Preta" saiu às 20h de hoje da sala de operações e está ali numa mantinha a recuperar do choque. As próximas 24h serão decisivas na vida dela, pois sem sabermos como a "Preta" ainda resistiu durante dias sem comer e sem beber nada e com a patinha num estado miserável.
Durante 10 dias a "Preta" ficará aqui em casa até recuperar as forças e até lhe tirarem os pontos. Depois, é preciso dar um lar a esta gatinha que precisa muuuuuito de carinho. Peço-vos por isso a quem estiver a ler e que conheça alguém que queira adoptar a "preta" por favor avise. Deixem comentários no blog. Se não puderem adoptá-la mas a quiserem ajudar a encontrar uma casa, por favor divulguem!
Desde ontem. Um silêncio arrepiante. Uma indiferença. Uma ignorância. Nestas alturas pergunto-me se estou aqui. Estarei aqui? Se estou, não parece que estou. Se estivesse não havia silêncio. Havia ternura e carinho. Não havia indiferença. O problema é que estou. E ele não vê. Está ocupado demais para ver. Está ocupado demais para se preocupar em ver. Às vezes penso que é um descuido. Penso isto quando por trás penso que é mesmo assim, que não há remédio. Será sempre assim. Estarei aqui e ele lá. A única diferença é que o silêncio a mim perturba-me e, quando lhe digo, parece sempre ficar perturbado.
Fiz-me entender?
" Silêncio!
Do silêncio faço um grito
O corpo todo me dói
Deixai-me chorar um pouco...
Solidão!
Que nem mesmo essa é inteira...
Há sempre uma companheira
Uma profunda amargura "
Amália Rodrigues, Grito
Aquilo que eu pensava que era, não é. Neste momento estou a ponderar. Pondero, pondero, e não sei qual o prato que pesa mais na balança.
Afinal,
"É assim uma coisa tão importante na tua vida?"
A porta da faculdade enche-se de gente trajada (como eu/nós), gente não trajada (porque comprar o traje é fatela) e gente mal trajada (porque não dar um toque pessoal ao traje?). Os caloiros vêm atarantados fazer as matrículas. Nós colamos a bela da etiqueta (porque agora escrever na cara com batom propaga o vírus da gripe), pedimos umas musiquinhas, trocamos uns sapatos, montamos uma quintinha com vários animais e pedimos declarações, esquicha-se o gel desinfectante para os cascos do caloiro, acompanha-se até à porta da secretaria (porque não pode haver aglomerados) e volta-se para a porta da faculdade à espera da próxima vítima.
Bonito não é?
Oh pá agora é que me apercebi que ainda não tinha dado notícias do Ermal. Foi óptimo, depois de tanto tempo parado, o grande festival voltou em grande naquele lugar maravilhoso. Só pela paisagem vale a pena, o pior é chegar lá.
depois de alguns precalços com os transportes, eu e o Apêndice lá conseguimos chegar ao terreno e montar o estaminé. Valeram a pena aqueles 4 dias a comer pão de forma com patê de atum e pringles, as bandas superaram as expectativas. Para quem gosta de metal - e digo todos os tipos de metal - foi um festival equilibrado que, a meu ver, agradou a todos os que lá estiveram. Bandas como Sepultura, Korpiklaani, Obituary, Blind Guardian, Firewind e Angra no palco principal que encerravam a noite da melhor forma, e depois durante a tarde no palco secundário, EAK, W.A.K.O, Pitch Black, Crushing Sun, entre muitos outros.
Para quem não foi e gostava de ver um bocadinho, deixo aqui aqueles que para mim foram os momentos altos do festival. E, apesar dos vídeos estarem no youtube e de não fazer ideia de quem os colocou, posso dizer que apareço ahahah. Enjoy.
Ontem deitei-me à 01h. Não porque estivesse com sono mas porque hoje tinha de me levantar às 08h porque ia ter uma actuação. A verdade é que só adormeci às 03h e depois de muito custo para me levantar, lavar-me e conseguir vestir os collants apertadinhos comó caralho alguém me manda uma mensagem a dizer que a actuação estava cancelada.
Estão a ver o meu melão?
Pois, despi os collants, tomei o meu pequeno almoço (que o paizinho já tinha feito as minhas torradinhas e o meu café) e voltei para a cama, pus a camisola do pijama do apêndice à volta dos olhos - por causa da claridade que teimava em entrar no quarto - e só acordei ao 12h30. Escusado será dizer que o meu dia foi um degredo.
Tanta minhoquice com esta merda que até as praxes vão ser postas em causa!
Deixem-se de merdas.