Olha bem, isso não desconcentres. Não tires os olhos do alvo. Abater!
Têm sido dias de apontar a arma a quem se mete no meu caminho e BANG!
Tenho andado toda frita dos miolos.
Tenho teste de história amanhã (o último) e não me apetece estudar!
Sou tão rebelde dass.
Deve ser porque me ando a baldar ao ginásio, a esta hora estava no Yoga!
Caralho!
AH YAaaa
Amanhã vou a correr ver a Amy, estou com medo das drogas e das garrafas de vinho, mas...
Uma diva é uma diva!
Por mais vezes que venhas,
Por mais vezes que vás,
Cada beijo, cada abraço,
Cada toque e cada palavra
Ficará sempre comigo.
Ver-te chegar faz-me sorrir,
Brilhar.
Ver-te chegar faz-me sonhar.
Sonhar com o nosso amor,
com as nossas guerras,
com a nossa paz,
com o nosso mundo.
Ver-te chegar faz-me abrir uma porta.
Ver-te chegar faz-me abrir o coração.
Ter-te comigo é a melhor coisa do mundo.
Ter-te comigo na minha cama,
nos meus lençóis, na minha almofada é ainda melhor.
Ter-te a dormir ao meu lado é um sonho que se realiza quando vens.
Ver-te partir acaba com tudo isto.
Na realidade sim, mas o que me impede de imaginar? Afinal, por mais vezes que venhas e por mais vezes que vás, cada beijo, cada abraço, cada toque e cada palavra ficará sempre comigo.
Eu era assim.
Tão pequenina e inocente que nem me lembro. Tão perfeitamente ingénua que não dei por isso. Era tão inexperiente, tão além do mundo. Toda a gente me dizia que parecia um elefante de maiot quando usava vestidos cor-de-rosa, toda a gente se assustava com os meus olhos grandes, cor de avelã, toda a gente apertava as minhas mãos bolachudas e as minhas bochechas apetitosas. Toda a gente se ria das minhas brincadeiras inocentes de criança, menos eu que não sabia porque se riam. Todos se riam quando olhavam para mim. Ninguém me disse a verdade. Deixei passar, não percebia. Passou a ser todos os dias, todos os dias se riam de mim. Dos meus vestidos, das minhas mãos, da minha cara. Na escola ficava sozinha rodeada de crianças tão iguais a mim, ou pelo menos eu achava-os iguais. Eles gozavam-me por ser diferente, diziam eles. Até que houve um dia. Houve um dia diferente, ele chegou-se ao pé de mim enquanto eu chorava, sozinha no pátio como sempre, sentou-se ao meu lado e deu-me um beijo no rosto. Limpei as lágrimas e olhei para ele. "Não te preocupes se és diferente, ao menos és especial."
Sinto-me um lixo, sim.
Sinto-me um nojo, sim.
A vida faz-nos destas, daquelas e de tantas outras que parece que nunca nos vamos conseguir livrar da merda que nos rodeia. Sinto-me incapaz de inverter papéis e agora ser eu quem te dá conforto, de ser quem diz que vai ficar tudo bem. Não estou nas minhas perfeitas faculdades, tenho um derrame qualquer, algures, que me provoca este perfeito estado de ataraxia e não me deixa viver no verdadeiro sentido. Para mim é tudo indiferente. Excepto quando falas dessa sombra que me acorrenta, que me faz sentir menos eu e menos tua. Essa sombra que me prende porque foi a tua tela, a tua primeira ideia de perfeição e eu não sei se tens uma segunda, ou se tiveste. Esse fantasma que me aterroriza, que me leva a minha essência feminina e que me deixa a vaguear nas ruas, à espera de alguém vulgar que me possua, porque eu não sou digna de ter alguém como tu como ela teve. Eu não sou eu quando ela vem, eu sou menos que tudo. E tu lutas para que ela vá, tu lutas, oh lutas tanto meu amor. E eu, eu apenas faço esforços para que ela volte sempre, não me perguntes porquê, também procuro resposta.
Hoje falo daquela gentinha que vejo todos os dias (porque sou obrigada, não porque goste obviamente!), que acha que tem o rei na barriga.
Enfim nasceram com o cu virado para a lua e acham-se no direito de fazer merda a toda a hora. Sinceramente, i don't get it! Hoje apetece-me ser uma cabra e vir aqui falar mal, ser como elas, estão a ver? Não é que eu tenha alguma coisa contra o facto de elas viverem na superficialidade, não terem um polegar de testa (isso mesmo um polegar!), de não saberem dizer uma frase sem ser uma crítica, um palavrão, ou um elogio daqueles que ninguém quer ouvir. Ok, se calhar até tenho. E? Cada um tem direito a expresssar a sua opinião, e já que eu não gosto de fazer fofoquices por aqui e por ali despejo para aqui as minhas toxinas. Uma gaja não pode fazer retenção destas coisas senão acaba frustrada com a vida, ou acaba por se deixar influenciar por quela mediocridade de gente. Estou preocupada com o mundo. Estou preocupada com o que vai ser dos amigos dos meus filhos, sinceramente estou. Não o posso deixar ser contaminado por aquelas bactérias, mortais, podres de tudo e mais alguma coisa. Eu sei que ainda faltam uns bons aninhos mas porra, eu penso no futuro. A mim não me preocupa se me vão atirar mais uma vez para o caixote do lixo, preocupa-me se o mundo for o caixote do lixo e nós andamos todos lá metidos e não há ninguém que comece a reciclar os valores que regem esta sociedade em que vivemos!
Tinha a cabeça atolada de merda. Não dizia nada de jeito, não tinha vontade para coisa nenhuma, não tinha feito nada excepto uma tarde fatídica com ela no shopping (ui e eu adoro ir ao shopping). Cheguei a casa a arrastar-me, com a língua de fora, sem expressão no rosto, a voz não saía porque tinha um nó na garganta a impedir-lhe o caminho. Entrei na sala e ela disse "Vou sair, venho tarde." Palavras que soaram como o tilintar de sinos brilhantes, pequeninos na minha cabeça. Ela saiu.
Discuti contigo, não queria. Mas compreende. O meu cérebro anda a 300000 km por hora e eu não consigo abstrair-me de nada. Abri a torneira da banheira, água quente. Despejei quase meio frasco do gel de banho lá para dentro, esperei. Fui à cozinha buscar uma cerveja, passando pela sala e ligando a aparelhagem, pus jazz. Despi-me quando o nível da água me agradou. Entrei lá para dentro e não me lembro do resto. O tempo passou. Fechei os olhos e desfrutei do momento. Consegui ter o cérebro em branco durante alguns momentos, não muitos, mas bastou para me despir do mundo. Desejei que naquele pedaço de céu onde me encontrava, não tocasse telefone, não batessem à porta, e fogo, não aconteceu nada! Fiquei satisfeita, foi um momento meu.
-Vou dormir.
-Já?
-Sim, estou cheia de sono.
-Entras no meu?
-No teu quê?
-No meu sono.
-Não queres vir tu para o meu?
-Não, vem tu para aqui.
-Está bem, deixa-me entrar então. Chega-te para lá.
-Já está?
-Sim.Deixa que me enrole a ti.
O mundo está errado e nós estamos certos.
O mundo está certo e nós estamos errados.
Não sei.
Só sei que nós e o mundo não nos damos.
Só sei que eu e tu somos o mundo.
E é tão bom que assim seja.
Hoje o dia foi uma merda sabem? A única coisa que me tirou dali foi um livro que comecei a ler na quarta feira; mas também não durou muito porque o acabei na aula de sociologia (sim, é o que eu faço para tornar aquelas aulas "úteis"). As aulas foram uma merda, as pessoas uma merda são. Desculpem estar a ser tão ordinária mas é assim que me sinto, vulgar. O tempo ia a meio, parecia que o ponteiro do relógio não avançava. Não via a hora de sair dali.
Não sei se é impressão minha ou capricho, mas se fosse um peixe, sentia-me sufocar sem o oceano. Se calhar ainda bem que me sinto assim. Por outro lado sinto que vivo num aquário minúsculo, onde todos sabem a vida uns dos outros.Ah, e opinam sobre ela também! Hoje passei por isso, outra vez. Por favor! Porra, começa a ser demais! Cada episódio tem um efeito negativo acrescido. Começo-me a passar com esta podridão que me rodeia.
São todos tão queridos, tão fofos, tão bonitos, tão perfeitos e tão....igualmente mortos! Adoptam aquela atitude do amigo porreiro e depois, duas horas passaram desde que contámos aquele episódio do fim de semana e a nossa vida e a nossa pessoa já são tema de mesa de café.Fodasse! Isto não me devia afectar, não senhor, mas na verdade estava capaz de explodir.É nestes dias que me apetece disparar em todas as direcções e não deixar sobreviventes. Mas para quê? Para limpar o fígado, como ela diz. Tem razão, mas para quê? Eu não sou mesquinha, tou-me a cagar! Daqui a uns meses não vos ponho a vista em cima e depois, depois sou só eu e copos, depois sou só eu, tu e copos!
E quanto a vocês meus xuxus?! Só espero que um dia mordam a língua. Tenho pena, muita pena. Mas cada um tem aquilo que merece, e eu tenho tudo, vocês têm o vosso umbigo, o vosso veneno e a vossa abertura de pernas. Boa sorte para a vidinha que vos espera!
Hoje é só daqueles dias.
Daqueles dias em que suspiro pelos teus braços, daqueles dias em que a minha língua fica estagnada, húmida, à espera da tua. Hoje é daqueles dias em que os 300km que nos separam parecem uma eternidade. O meu corpo treme por não ter o teu a meu lado, os meus olhos não têm um sítio para se fixar, as minhas mãos estão inquietas porque tu costumas estar sempre a agarrá-las. Hoje é daqueles dias em que nada mais existe. O mundo é demasiado grande para nós, não faz sentido. A minha cama está vazia, os meus lençóis não cheiram a ti, as roupas não estão espalhadas pelo chão do quarto, as paredes não ouvem os nossos gemidos há tanto tempo...
Como te sentes sem mim?Eu sinto-me assim.